sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Povo Hebreu

Os antigos e ascendência hebraica. Acredita-se que, originalmente, os hebreus chamavam a si mesmos de israelitas, embora esse termo tenha caído em desuso após a segunda metade do século X a.C. Os hebreus falavam uma língua semítica da família Cananéia, à qual se referiam pel'hebreus (etnônimo possivelmente oriundo do termo hebraico Éber, ou עברים, transl.ʿIvrim, significando "descendentes do patriarca bíblico Éber") foram um povo semítico da região do antina, localizado no Oriente Médio. O etnônimo também foi utilizado a partir do [[Roma ago corredor período romano para se referir aos judeus, um grupo étnico e religioso do nome de “língua de Canaã” (Isaías 19:18).




 Esse povo, apagado pela grandeza de estados muito maiores, tecnologicamente avançados e mais importantes politicamente , foi responsável, contudo, pela composição de alguns dos livros que compõem a Bíblia, obra considerada sagrada por religiões ocidentais e orientais. ==Origem O nome "hebreus" vem do hebraico "Ivrim", que significa "descendentes de Héber". O livro de Gênesis, capítulo 10, a partir do versículo 21 nos diz que Noé gerou a Sem; este gerou a Arfaxade, que gerou Salá, que gerou HÉBER; este gerou a Pelegue, que gerou Reú, que gerou Serugue, que gerou Naor, que gerou Tera, que então gerou a ABRÃO(que significa "pai exaltado, mais tarde tendo seu nome mudado pra ABRAÃO, que significa "pai de muitas nações), sendo este considerado o patriarca do povo de Israel. A primeira referência aos Hebreus ocorre por volta de 1200 a.C., no reinado do Faraó erneptah.


Nessa época, algum povo conhecido como “ismaelitas” já habitava a região da palestina no Oriente Próximo. As tradições hebraicas mais antigas sobre suas origens, como o gênesis da Bíblia, falam de certos patriarcas (Abraão, Isaque, Jacó) que teriam iniciado a linhagem dos hebreus. As origens dos povos hebreus, de acordo com a história de gênesis, são situadas na mesopotâmia (a cidade de Ur). A figura de Abraão provavelmente indica a forma de organização sócio-econômica desses primeiros povos: pastores seminômades organizados em pequenos grupos. Abraão é também, de acordo com especialistas, um epônimo para uma tribo pastora atestada na Palestina central no século XIII. Segundo alguns especialistas, uma análise comparativa e o estudo dos anacronismo na narrativa de gênesis sugere que a história da migração de Abraão para Canaã é um mito que espelha um acontecimento tardio, isto é, o retorno dos judeus “exilados” na babilônia após a derrota para o Império Caldeu. Acompanhado de sua mulher Sara e seu sobrinho Ló, Abraão é tido como responsável pela primeira ocupação hebraica de Canaã. Seus antepassados apenas abandonariam essa terra. O episódio do Êxodo se refere a um episódio Bíblico de acordo com o qual os judeus, escravizados no Egito, teriam conseguido fugir da terra estrangeira, retornando à sua terra de origem, Canaã, sob a liderança de Moisés


. Os relatos bíblicos falam que a família de Jacó, um dos patriarcas, teria partido da terra colonizada por Abraão até o Egito devido a uma seca. Lá, encontrando-se com seu familiar José, que teria ascendido a uma posição de importância dentro do governo do faraó, teriam se instalado por alguns anos. . Não existe, contudo, nenhuma evidência extra-bíblica para este episódio. Para harmonizar as fontes arqueológicas com as fontes escritas, alguns historiadores sustentam que “apenas alguns do povo de Israel estavam no Egito e o grupo vindo do Egito então teria se juntado a outros grupos para formar o que foi conhecido como Israel”. . No entanto, os egiptólogos estão de acordo de que a imagem dum Egito escravista não é coerente com o Egito da época, onde não havia escravidão.


Para Donald B. Redford, os números de judeus envolvidos no êxodo são por demais extravagantes. As escavações intensivas realizadas nas regiões pelas quais os hebreus teriam passado em seu trajeto de migração não fornecem nenhum dado arqueológico de assentamento humano na época do êxodo, e o relato bíblico cita cidades que só existiram muito tempo mais tarde. O êxodo era considerado um evento central na história hebraica, regularmente comemorado pelos hebreus. Seguindo para o Egito, após uma seca intensa no reino. De acordo com as fontes bíblicas, Moisés era um hebreu que tinha sido criado na corte egípcia, após ser resgatado de uma cesta à deriva no Nilo. Moisés é, com efeito, um nome de origem egípcia. Após guiar seu povo por cerca de três meses, Moisés teria acampado nas proximidades do Monte Sinai, onde se restabeleceu um pacto entre Yahweh (Jeová), o Deus nacional, e os hebreus, sob a mediação de Moisés. Evidências externas à Bíblia apontam para uma ocupação hebraica contínua da Cananeia, de forma que Moisés pode não ter existido. Não existe evidência arqueológica para corroborar a existência de Moisés. Nenhuma fonte egípcia ou assíria antiga que faça referencia às figuras bíblicas antes de 850 a.C. foram encontradas. Muitos acadêmicos, contudo, preferem não descartar a possibilidade da existência de figuras bíblicas, embora reforcem que todas elas são construções literárias.


O momento da história hebraica particularmente louvado pelos livros sagrados é o período dos reinados de Davi e Salomão, tidos como reis exemplares. Davi escolheu Jerusalém como capital para seu reino, e organizou a cidade como um grande centro religioso. De acordo com as fontes bíblicas, Davi teria estendido seu domínio por sobre alguns reinos vizinhos, como Ammon, Moab e Edom. Quando Davi ficou velho, Bathsheba e outros tentaram convencê-lo a escolher como sucessor o filho Salomão. Salomão governou, de acordo com a Bíblia hebraica, como um rei sábio. Teve 700 mulheres e 300 concubinas. Ele também iniciou o processo de construção de um vasto templo de inspiração fenícia. Segundo a tradição bíblica, o período posterior à ocupação de Canaã foi dominado pelo governo de indivíduos conhecidos como Juízes. A principal fonte histórica para esse período é o livro bíblico de juízes, onde se conhece a história de certos líderes militares (Débora, Gideão, Otoniel, Sansão, etc.) cujos atos são relembrados de forma heróica pelos hebreus. O livro também apresenta uma versão destoante da conquista de Canaã, de perspectiva judaíta. É difícil, contudo, escrever uma história contínua desse período, uma vez que ele apresenta diversos problemas cronológicos, muitas vezes atribuídos a sua edição deuteronomista.


Sobre a historicidade do período, enquanto alguns autores falam em “procurar a verdade por trás dos textos”, levando em consideração sua orientação teológica, outros listam anomalias e anacronismos buscando refutar sua validez  Devido à arrogância de Rehoboão, filho de Salomão, as dez tribos hebraicas do norte se rebelaram e fundaram um reino sob a autoridade de Jeroboão I (924-904 a.C.). Jeroboão reativou antigos templos em Dan e Bethel, garantindo independência em relação ao templo de Jerusalém. O filho de Jeroboão é assassinado após conflitos palacianos, e Omri finalmente ascende ao poder, fundando a dinastia Omrida, fortemente reconhecida pelos documentos arqueológicos como uma dinastia poderosa. Omri estabeleceu como capital Samaria e fez alianças com o rei de Tiro, casando com sua filha Jezebel. Pintando como um monarca cruel pelos autores bíblicos, Ahab, filho de Omri, foi  no entanto um dos maiores reis hebreus. Isso se deve a sua política de sancionar tanto o culto de Javé quanto o culto de Baal. 


De acordo com Finkelstein, Omri e sua dinastia foram esquecidos, enquanto o período de Salomão foi sobre glorificado pela literatura bíblica. Na verdade, a maior parte das grandes evidências arqueológicas da história de Israel estão associadas a esse rei e seus sucessores, e não a Salomão. Ahab teve um poderoso exército sob seu domínio. A dinastia de Jehu (843-816 a.C.) assume após o assassinato do filho de Ahab, Jehorão. Durante esse período, o reino de Israel estava em decadência, e sob controle do reino aramaico de Damasco. A arqueologia demonstra que a religião popular em Judá e Israel nessa época era politeísta e sincretista. As origens do monoteísmo bíblico são, por esse motivo, atribuídas ao período posterior do rei Josias em Judá.